Entenda como o Pix pode mudar a sua relação com pagamentos

Lançamento promete mudar sua relação com pagamentos e transferências

Realidade em países como Austrália, China e Estados Unidos, o sistema de pagamentos instantâneos – mais conhecido como Pix – está programado para ser lançado no dia 16 de novembro aqui no Brasil. O projeto foi encabeçado pelo Banco Central do Brasil e é um passo em direção à maior eficiência e competitividade nos mercados financeiro e de pagamentos.

Hoje, os principais meios de pagamento são:
– Transferência Eletrônica Disponível (TED)
– Documento de Ordem de Crédito (DOC)
– Cartão de débito
– Cartão de crédito

O Pix por sua vez, está dando o que falar, pois você não pagará nenhuma taxa por este serviço, o dinheiro estará disponível para o beneficiário em poucos segundos e não é necessário ter conta corrente em banco – uma ótima notícia para as 45 milhões de pessoas ‘desbancarizadas’ no país, de acordo com dados do IBGE de 2019. É isso mesmo, simples, fácil e expresso!

A plataforma, desenvolvida pelo BC, contará com bancos, fintechs e outras instituições financeiras. As organizações do setor que contarem com mais de 500 mil clientes deverão oferecer o serviço em seu portfólio. Hoje, por exemplo, diversas instituições já contam com suas próprias plataformas de pagamentos instantâneos, porém, a partir de novembro, o Pix integrará todas as operações em uma única base do Banco Central.

Ah sim, outro benefício importante atualmente é que você não precisará se preocupar com o horário comercial para realizar a sua transferência, por exemplo. Segundo o BC, o Pix funcionará 24 horas por dia, nos sete dias da semana e você ainda pode deixar uma transferência agendada para o dia e hora de sua preferência. Mas cuidado, se você não estiver com dinheiro disponível em sua carteira do Pix, a operação é cancelada!

Talvez a funcionalidade mais inovadora do sistema, que ainda está em desenvolvimento para aplicação em 2021, é que você poderá fazer saques de dinheiro em lojistas credenciados – e não apenas nos caixas eletrônicos, como hoje em dia. Por meio de um QR Code gerado pelo lojista, você poderá sair com o dinheiro em espécie na mesma hora.

Com a padronização do pagamento instantâneo, o Banco Central tem como objetivo aumentar a eficiência e a competitividade do mercado de pagamentos do varejo no Brasil. Além disso, outro propósito é baratear os custos das operações financeiras, já que todos os meios de pagamento mencionados acima contam com taxas – cada vez mais altas e sempre motivo de reclamação dos consumidores – e o Pix não terá nenhum custo. Inclusive, as instituições financeiras estão proibidas de cobrar qualquer tipo de taxa para você, pessoa física, porém pode ser que alguma taxa seja recolhida de empresas. A única regra que as organizações estão autorizadas a personalizar é o valor máximo de cada operação por meio do Pix, já o limite de envios ou recebimentos não será determinado.

Como fazer o cadastro no Pix?

O seu cadastro será chamado de “chave” e você poderá ter até cinco chaves cadastradas no sistema do Pix, independentemente do número de instituições financeiras em que você estiver vinculado.

Para criar a sua chave, você deverá informar seu CPF (ou CNPJ, no caso de sua empresa), e-mail ou número do celular. Um dos cadastros possíveis será considerado aleatório, que será um código gerado pelo próprio aplicativo da instituição financeira de sua preferência, para que você não precise compartilhar nenhum dado pessoal com quem fará o envio do dinheiro.

Depois de realizado o cadastro, o aplicativo da instituição financeira escolhida estará apto a fazer a leitura do QR Code que será gerado a cada compra – presencial ou online – que você efetuar. Enquanto isso, para as transferências internacionais, você só precisará ter o CPF, número do celular ou e-mail de quem receberá o dinheiro.

O Pix é seguro?

Para acessar o Pix, você terá que fazer o login no aplicativo da sua instituição financeira no seu próprio celular. A segurança deste tipo de tecnologia pode ser considerada relativa, já que você pode ter o celular roubado, não é mesmo? Entretanto, é para isso mesmo que servem as diversas senhas, biometrias e chaves de acesso. O ideal é que você não deixe o aplicativo do seu banco “logado” automaticamente ou com alguma informação já preenchida.

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