Aplicar no exterior pode aumentar o retorno na carteira em até 25%

O mercado de investimentos no Brasil é, por natureza, extremamente desafiador por conta de toda a volatilidade dos fatores econômicos que cercam o País e também por ser afetado diretamente por fatores externos, como o comportamento de grandes centros no exterior, como a economia norte-americana, chinesa e a bolsa da Europa, por exemplo.

Além do cenário econômico propriamente dito, o mercado também é constantemente afetado por decisões políticas nacionais e, em certos casos, por fatores que fogem do macroeconômico, como tensões geopolíticas que envolvem protagonistas financeiros ao redor do mundo.

Dentro desse cenário, existem diversas opções de investimentos, de diferentes graus de riscos e natureza. Um investidor pode optar por um grande leque de aplicações, entre renda fixa e variável, de acordo com os objetivos e também com o próprio perfil. Mas hoje, em um mundo cada vez mais conectado e globalizado, uma alternativa é a de buscar também diversificar a carteira com aplicações no exterior.

Existem diversas oportunidades nos mercados estrangeiros e os brasileiros podem aproveitá-las escolhendo o melhor tipo de aplicação para diversificar a carteira de acordo com o momento e objetivo que tiverem. Existem investimentos que podem aumentar o retorno do grupo de ativos aplicados em até 25% no prazo de cinco anos.

Diversificar pode significar lucrar mais

Uma das premissas básicas de quem investe é diversificar a carteira para minimizar riscos e otimizar eventuais ganhos. Porém, o que antes era orientação apenas para os tipos de ativos disponíveis para aplicações no Brasil passou a ser também para investimentos no exterior, que têm se mostrado uma ótima alternativa para uma maior rentabilidade.

É possível investir em ativos negociados nas bolsas de valores do exterior, como ações, ADRs (ações de empresas nacionais negociadas fora do Brasil), ETFs e fundos imobiliários americanos (conhecidos nos EUA como REITs), opções que se mostram como ótimas alternativas na hora de mesclar a carteira com investimentos nacionais em renda fixa e variável.

A premissa é de que um retorno adicional em uma carteira de um investidor conservador que aloca apenas 10% de seu valor no exterior é de 4%, enquanto o portfólio de quem tem um perfil de risco moderado e tenha 18% do total da carteira lá fora, sobe para 18%. No caso de investidores “arrojados”, como o mercado denomina (com 20% investido no exterior), o retorno pode bater a casa dos 25%.

Leve em consideração os custos dessa diversificação

Além dos riscos de aplicar no exterior, inerente a qualquer tipo de investimento, é preciso entender que muitas vezes essa modalidade vem acompanhada de gastos — sejam eles de taxas administrativas ou taxação de impostos sobre os investimentos.

Existem diversos caminhos para começar a investir no exterior e nesse link você pode encontrar a maneira de escolher a melhor opção para você. Caso você opte por utilizar uma corretora ou abrir uma conta internacional no Brasil, informe-se de quais taxas serão cobradas durante o período de aplicação (taxa administrativa mensal ou taxa de corretagem). Além disso, outro aspecto importante para ser levado em consideração é a conversão da moeda estrangeira, que dependendo da cotação influenciará diretamente no montante em reais aplicado.

Nova modalidade de tributação de investimento no exterior

Para quem já investia no exterior ou para as pessoas que estão pensando em iniciar agora esse processo de diversificação da carteira a fim de aumentar os ganhos e ampliar as oportunidades de aplicações, é importante ficar atento à nova tributação desses investimentos fora do Brasil.

Em março deste ano, a Receita Federal publicou a instrução normativa que regulamenta a Lei 14.754/2023, que taxou os rendimentos no exterior. Basicamente, a nova legislação diz que pessoas físicas que moram no Brasil e mantêm aplicações financeiras, lucros e dividendos de empresas controladas no exterior poderão regularizar os bens até o dia 31 de maio.

Essas pessoas são obrigadas a pagar 15% de Imposto de Renda sobre rendimentos auferidos (ganhos) no exterior. Antes, esse tributo só incidia sobre o ganho de capital se o dinheiro entrasse novamente no Brasil — e nesse caso a tributação ocorria de forma progressiva, variando de 0% a 27,5% de acordo com o tamanho do rendimento.

A instrução normativa regulou tanto o pagamento dos estoques como a tributação do dinheiro que renderá a partir deste ano. Existem dois casos específicos de isenção nesta modalidade de investimentos no exterior: quando se encaixar em variação cambial de depósitos não remunerados, como contas-correntes, cartão de débito e de crédito fora do país, ou eventuais ganhos de capital de moeda em espécie até o valor de US$ 5 mil.

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Fontes: Agência Brasil | Valor Investe