Cautela envolve investidores no Brasil

Cautela no mercado nacional e indefinição na eleição dos EUA são destaques dessa sexta-feira.

AGENDA DE EVENTOS 06/11/2020

BRASIL
08:00 FGV: IGP-DI – Out
08:00 FGV: IPC-C1 – Out
09:00 IBGE: IPCA – Out
10:00 Anfavea: Produção de veículos – Out
11:30 BC faz leilão de até 12 mil contratos de swap (US$ 600 milhões), em rolagem
12:00 BC oferta até R$ 4 bilhões em compromissadas de 3 meses
14:00 Diretor de Política Econômica do BC, Fabio Kanczuk, palestra na 11ª Edição de Conferência Itaú Macro Vision
14:40 Diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello, palestra na 11ª Edição de Conferência Itaú Macro Vision
15:30 Ministro da Economia, Paulo Guedes, palestra na 11ª Edição de Conferência Itaú Macro Vision

EUA
10:30 Depto Trabalho: relatório de empregos – Out
12:00 Dept° do Comércio: estoques no atacado – Set
15:00 Baker Hughes: poços de petróleo em atividade – última semana

EURO
09:15 Reino Unido: Membros do BoE Ben Broadbent e David Ramsden apresentam briefing em evento

ÁSIA
Sem Destaques

BRASIL
Investidores em cautela
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank

O dia amanhece hoje com certa cautela perante à indefinição do nome que conquistará a Casa Branca. A percepção de que haverá uma demora para se chegar ao eleito e o aguardo no que se refere a alguns indicadores econômicos pesam nos mercados mundo afora. Voltando-se especificamente ao mercado doméstico, tem-se que os ativos locais serão impactados pelo mau humor externo – que pode ser traduzido também em uma realização de lucros após dias consecutivos de altas.

No mercado cambial, o dólar pode se ajustar depois de uma queda de 3,35% na semana, significando, por conseguinte, que a desvalorização do real pode ser trazida à tona. Fica no radar também os índices de inflação no mercado de juros uma vez que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou que a inflação é uma questão temporária e que o BC está monitorando a escalada dos preços.

Em última análise, migrando para a esfera política, o presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a verbalizar, no dia de ontem, que é preciso buscar um sistema confiável no que se refere à esfera eleitoral, visando a disputa de 2022. Ademais, o avanço da COVID-19 pelo mundo pressiona certos membros do governo para que as medidas, principalmente o auxílio emergencial que, em tese, encerra-se em dezembro, sejam prorrogadas a fim de mitigar os impactos da pandemia.

MUNDO
Realização de lucros e indefinição na eleição dos EUA influenciam mercados globais
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank

As bolsas europeias e os índices futuros de Nova York operam em baixa nesta manhã de sexta-feira. Após dias consecutivos de altas, verifica-se uma realização de lucros no dia de hoje, acompanhada por certa precaução frente às contagens de votos incompletas e acirradas em alguns estados na eleição norte-americana.

Não obstante, a possibilidade da indefinição para eleger o presidente dos Estados Unidos e, quiçá, até da judicialização da corrida eleitoral está pesando nos ânimos dos investidores. Soma-se a tal fato o avanço da COVID-19 e desaguamos no cenário atual: às 7h27, a Bolsa de Londres perdia 0,26%, a de Frankfurt cedia 0,98% e a de Paris caía 0,87%. Enquanto isso, no mercado futuro de Wall Street, o Dow Jones caía 0,76%, o S&P 500 recuava 0,98% e o Nasdaq se desvalorizava 1,30%.

Por fim, do outro lado do globo, as bolsas asiáticas fecharam, em termos gerais, em alta no dia de hoje. A Bolsa de Tóquio subiu 0,91%, ao maior patamar desde novembro de 1991, enquanto o sul-coreano Kospi teve modesto ganho de 0,11% em Seul e o Hang Seng teve alta marginal de 0,07% em Hong Kong. Na China, o Xangai Composto caiu 0,24%, com uma realização de ganhos em sessões recentes. Na Oceania, o S&P/ASX 200 avançou 0,82% em Sydney.

Fonte: Broadcast