Otimismo com EUA-China se sobrepõe a tensões geopolíticas

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Otimismo com EUA-China se sobrepõe a tensões geopolíticas
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank

O otimismo de que um acordo comercial inicial entre Estados Unidos e China seja assinado no dia 15 de janeiro impulsiona as bolsas internacionais neste primeiro pregão de 2020. Na terçafeira, o presidente americano, Donald Trump, disse que o pacto a ser fechado em cerimônia na Casa Branca será “muito grande e abrangente” e que após a assinatura da “fase 1”, viajará para Pequim para começar as negociações da “fase 2”.

As bolsas europeias, que acumularam forte valorização em 2019, mostram alta firme nesta manhã mesmo com a divulgação de resultados fracos de atividade na região apontados pelo PMI industrial da zona do euro, Alemanha e Reino Unido, todos ainda mostrando contração da economia. Os futuros de NY também subiam, após as bolsas em Wall Street terem fechado em baixa na segunda-feira. Na China, o PMI industrial caiu ao menor nível desde setembro, ficando em 51,8, e o mercado monitora a decisão do BC chinês de injetar 800 bilhões de yuans na economia ao decidir cortar em 50 pontos-base o compulsório dos bancos a partir de 6 de janeiro com o objetivo de fazer frente à desaceleração da economia. O bom humor externo deve ajudar o Ibovespa, que fechou em queda na segunda-feira, de 0,76%, aos 115.645 pontos, mas com ganhos de 31,58% em 2019.

O mercado acompanha agora os primeiros passos do governo e do Congresso neste início de ano. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, disse ontem que queria “começar bem o ano” e não quis dar entrevista a jornalistas. Após seu retorno para a capital federal na terça-feira, o presidente assinou medida provisória (MP) para reajustar o salário mínimo de R$ 998 para R$ 1.039. Apesar do clima positivo desta manhã de quinta-feira, a cena geopolítica segue no radar, após Trump anunciar o envio de tropas para o Oriente Médio após ataque à embaixada dos EUA em Bagdá na terça-feira por grupos liderados por milícias iranianas que atuam no Iraque.

Na Coreia do Norte, o líder norte-coreano Kim Jong Un disse que seu país não se sente mais obrigado a manter sua ‘moratória’ para testes de armas nucleares e disse que o mundo testemunharia uma “nova arma estratégia”. Em Hong, a violência entre manifestantes e polícia foi retomada após mais protestos.

MUNDO
Otimismo externo em dia de agenda fraca
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank

As bolsas da Europa opera em alta o primeiro pregão de 2020, com otimismo renovado após o presidente americano, Donald Trump, ter confirmado que assinará em janeiro um acordo inicial com a China. Essa esperança impulsiona também os índices futuros das bolsas de Nova York e os juros dos principais bônus europeus operam em alta, com o retorno do Bund alemão de dez anos atingiu mais cedo o maior nível em sete meses. Às 7h19, Frankfurt subia 0,81%, Londres avançava 0,96% e Paris tinha alta de 1,32%.

Nos mercados futuros de Nova York, Dow Jones ganhava 0,60%; S&P500, +0,59%; e Nasdaq, +0,76%. A maioria das bolsas da Ásia fechou o primeiro pregão de 2020 em alta expressiva, à exceção apenas da Bolsa de Seul, após o presidente americano, Donald Trump, ter afirmado na última terça-feira que assinará em janeiro um acordo inicial com a China. Investidores monitoram, ainda, tensões entre Washington e a Coreia do Norte. Na China, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 1,15% e o menos abrangente Shenzhen registrou ganho de 1,93%, a 1.756,16 pontos.

No país, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial chinês em dezembro registrou a menor leitura desde setembro, um dia após o Banco do Povo da China ter cortado em 50 pontos-base, de 13,0% para 12,5% no caso de grandes instituições, a exigência de compulsórios dos bancos. Economistas do Citi apontam que o movimento estava em linha com o esperado. O índice Kospi, na Coreia do Sul, recuou 1,02%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou o pregão com alta de 1,16%. Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 registrou avanço de 0,10% em Sydney.

Fonte: Broadcast