“Qual o problema de furar o teto de gastos?”

Precaução toma conta do cenário internacional; enquanto no Brasil teto de gastos é questionado

AGENDA DE EVENTOS | 14 de agosto de 2020

BRASIL
08:00 FGV: IGP-10 – Ago
09:00 BC: IBC-Br – Jun e 2º trimestre
09:00 BC: Boletim regional
14:50 Diretor de Política Monetária, Bruno Serra, participa de reunião por videoconferência com investidores, organizada pelo banco Credit Suisse,
em evento aberto à imprensa

E.U.A.
09:30 Dpto Comércio: vendas no varejo (Jul)
10:15 Fed: produção industrial (Jul)
11:00 Universidade de Michigan: índice de sentimento do consumidor (preliminar) – Ago
11:00 Presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan, participa em evento online do Dallas Friday Group
14:00 Baker Hughes: poços de petróleo em atividade (semana)

EURO
06:00 Eurostat: Produto Interno Bruto (2ª leitura) – 2º Tri
06:00 Eurostat: balança comercial – Jun
07:00 Portugal: INE: PIB (2ºtri)

ÁSIA
Sem destaques

BRASIL
“Qual o problema de furar o teto de gastos?”; preocupação com a esfera fiscal volta à superfície
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank, o seu banco de câmbio

Espantosa e surpreendentemente, depois de vinte quatro horas de ter convocado a imprensa a fim de defender o teto de gastos, o presidente da República, Jair Bolsonaro, questionou, em uma live feita no dia de ontem, qual seria o problema em furar o mesmo teto de gastos. A existência da ideia de descumprir o comprometimento fiscal coloca o mercado doméstico em cautela nesta sexta-feira.

Como se não bastasse, o Senado Federal também já rompeu o “pacto”, culminando em mais um fator que adentra a equação de precaução fiscal.

Em paralelo, tem-se a prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz e de sua esposa Márcia Aguiar, realizada no dia de ontem, abrindo espaço para a possibilidade de uma eventual delação premiada que possa ir de encontro à família Bolsonaro.

Em última análise, investidores e agentes econômicos devem repercutir também as indicações de Diogo Mac Cord para a secretaria-especial de Desestatização, Caio Andrade para Desburocratização e a nova pesquisa divulgada pelo Datafolha, mostrando que a popularidade de Bolsonaro, principalmente entre as classes menos favorecidas financeiramente, revela-se na melhor avaliação desde o início do mandato.

MUNDO
Precaução toma conta do cenário internacional
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank, o seu banco de câmbio

As bolsas europeias e os índices futuros de NY operam em baixa e ampliam perdas em um dia marcado pela precaução com dados divulgados hoje na Zona do Euro.

Não obstante, a espera que se transforma, gradualmente, em um entrave no que se refere ao novo pacote fiscal nos Estados Unidos também continua no radar dos investidores e agentes econômicos.

Às 7h25 a Bolsa de Londres caía 2,06%, a de Paris recuava 1,14% a e de Frankfurt cedia 1,97%. Em paralelo, no mesmo horário, o Dow Jones caía 0,54%, enquanto S&P 500 perdia 0,39% e Nasdaq recuava 0,23%.

Por fim, do outro lado do mundo, as bolsas asiáticas fecharam com um grau de heterogeneidade nesta sexta-feira. O Nikkei teve alta de 0,17% em Tóquio, mas o sul-coreano Kospi caiu 1,23% em Seul. O Xangai Composto subiu 1,19%. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,19%.

O S&P/ASX 200 avançou 0,58% em Sydney.